sábado, 3 de julho de 2010

It was us, baby, who were the lucky ones...

Ok, pessoas que me conhecem bem sabem, outras não, mas eu sou o MAIOR fã de musicais que já pisou na fase da terra. De verdade, eu consigo passar dias assistindo apenas musicais e ouvindo showtunes. Isso é porque musicais são as duas coisas que eu mais gosto de uma vez só, teatro e música.
Mas dentre todos os musicais que eu amo, existe um sem o qual eu não acho que eu conseguiria viver. Um musical que é mais que a pura liberdade de expressão e a vontade de viver, é um ode à viver a vida como se não houvesse nenhum dia além de hoje.
RENT.
E eu sou um RENT-head desde a primeira vez que o vi. Eu me encantei, decorei todo o libretto, eu de verdade sei todas as letras, vírgulas e pontos de RENT, e assisto o DVD Live on Broadway pelo menos uma vez por semana.
Ok, agora vocês estão achando que eu tenho problemas mentais, mas eu perdoo, porque vocês nunca assistiram RENT.
Pra quem nunca ouviu falar de RENT, aqui vai:
RENT é um musical de 1996, escrito por Jonathan Larson (que morreu de um aneurisma antes de ver sua obra finalizada), que é uma adaptação de La Bohéme aos tempos modernos. Os personagens convivem com AIDS, seja deles ou de amigos, e vivem como boêmios um dia viveram na França. Nova York, como sempre, é um lugar artístico e belo, mas visto aqui como uma cidade fria em que não há oportunidade, ainda assim eles vão "miss New York before you could unpack".
O musical nos apresenta primeiro Mark, um filmmaker judeu que se sente um mero espectador da vida, e não sabe como documentar a vida real, quando ela parece cada vez mais com a ficção, e Roger, um músico aidético que busca escrever uma única música que faça sua vida ter sentido. E logo vem os problemas. Benny, antigo colega de quarto que se casou com uma mulher rica e comprou o lote da Avenue B onde eles moram, agora vem cobrar o aluguel que ele deixou passar.
Obviamente, eles como bons boêmios, não tem dinheiro algum, e se pergunta "How are we gonna pay?".
Depois somos apresentados a Collins, um "vagabundo anarquista que mijou no Parthenon", e Angel, uma drag queen que ama viver além de tudo, os dois aidéticos, que acabam virando um casal.
Mimi, uma stripper de 19 anos, se apaixona por Roger, mas ele tem medo do que vai acontecer com ela, pois ela tem AIDS e ele não que "baggage, without lifetime guarantee".
E por último, o casal Maureen, ex-namorada do Mark, sedutora e tem um pensando C'est La Vie, e Joanne, advogada, rica e apaixonada perdidamente pela Maureen.

Esses personagens no desenrolar da história se juntam para celebrar a vida e tudo o que ela representa. A história fica triste em algumas partes, te faz chorar, e te faz refletir sobre o valor da vida.
Eu choro todas as vezes que assisto e um dos maiores arrependimentos da minha vida foi não ter assistido a peça na Broadway antes dela ter fechado em 2008, depois de 12 anos.

Digo aqui sem receio, que um dos meus maiores sonhos é assistir RENT ao vivo, porque é com certeza um catalizador da minha vida, quando estou triste, RENT me traz de volta, quando estou feliz, RENT me deixa feliz, e é simplesmente uma daquelas coisas da vida na qual você sempre pode contar.

e Viva La Vie Bohéme!

Segue aqui Seasons Of Love, provavelmente a canção mais famosa do musical.

Títulos...

Primeira postagem de outro blog que eu provavelmente vou abandonar em alguns dias (y)
E essa é uma das razões desse post e do título, no mínimo estranho, desse blog. Cats Can't Do High Fives!
Todo mundo sabe que o título é a parte mais difícil de qualquer coisa, por isso ele sempre vem por último, e ele tem que refletir a obra de maneira simplificada e elegante. Mas sério, quem se importa?
Títulos pra mim sempre foram sinônimos de "Puta merda!", porque eles são o sinal de que você não vai terminar o que foi fazer.
Quando você está fazendo um título, nada parecer prestar, você pensa em 500 nomes, repete alto, fala consigo mesmo no espelho e nada funciona, e provavelmente, isso te faz desistir de todo o resto. Por isso, quando eu fiz esse blog, no intento de prosseguir com ele além dos primeiros 10 minutos, eu coloquei qualquer título.
Digamos que eu passei do lado da escada, a gata estava lá, eu levantei minha mão na esperança de um "high five" e ela não fez nada (y). Pronto, aí estava meu título.
E agora posso prosseguir com minha vida pós-título, onde tento escrever sobre qualquer coisa que vier na minha cabeça, ou algo assim, quem sabe...